domingo, 6 de julho de 2014

SELEÇAO ALEMA "NAO JOGAREMOS CONTRA 11 JOGADORES SENAO CONTRA 200 MILHOES DE PESSOAS"

BASTIAN SCHWEINSTEIGER E HANSI FLICK :    UNIDOS E ORGANIZADOS MAIS SABENDO QUE A LUA DE MEL COM A TORCIDA BRASILEIRA ACABOU






                                                                             por Patricia Grinberg
                                                                               fotos:  Toni Ormundo
Santo André, Santa Cruz Cabralia, Bahia.-


Unidos, organizados e focalizados.  Assim estão os jogadores da Alemanha frente ao jogo com o Brasil, mas sabendo que a lua de mel com a torcida dos anfitriões acabou e que na próxima terça feira em Belo Horizonte "não vamos jogar contra 11 jogadores, senão contra 200 milhões de pessoas".

"Devemos estar preparados" para jogar com a poderosa torcida verde-amarela em contra, disse o auxiliar técnico da seleção, Hansi Flick, em coletiva de imprensa junto ao meio-campista Bastian Schweinsteiger quem sorriu desnorteado quando um jornalista brasileiro lembrou do ditado popular que diz que "Deus é brasileiro".

"Em Alemanha não temos nenhuma frase similar", comentou o jogador.

Os jogadores alemães partirão amanha as 10.30 do aeroporto de Porto Seguro, a uns 23 quilômetros desta vila, com rumo a  Belo Horizonte e as 18.30 treinarão na grama do Mineirão. Depois do jogo de terça feira, retornarão a esta vila, na cidade de Santa Cruz Cabrália, onde se sentem "quase em casa".   Esta tarde, as 17, mesma hora do jogo contra Brasil, haverá um treino fechado a imprensa no CT local.

Quase em casa, efetivamente, pois até chegar a esta instancia de confrontar o Brasil, a torcida dos anfitriões, especialmente aqui, nesta vila turística do sul da Bahia, foi fiel aos visitantes.  E alguns continuarão sendo...

Maiara, quem mora frente ao hotel onde se hospeda o time e trabalha na praia como vendedora ambulante, declara que "vou continuar torcendo para Alemanha, pois eles trouxeram trabalho para aqui, as vendas na praia estão ótimas".

Porem,  essa mentalidade típica de local turístico não é maioritária.  "Você é mercenária", disse sorrindo um membro da Policia Militar que custodia a seleção alemã, quando ouviu o depoimento da simpática moradora de Santo André.

Mas voltando a coletiva de imprensa, Bastian afirmou que "será uma honra e um desafio jogar contra o anfitrião" e considerou que com Neymar e Thiago Silva fora da Copa "eles vão se superar".

"Sabemos que estamos num pais que se identifica muito com a sua seleção, aqui o futebol é quase uma religião , mas nos vamos fazer tudo para ganhar esse jogo", destacou.

Sobre o jogo contra Franca, Flick comentou que "estava muito quente no Maracaná, os jogadores sofreram muito" e por conta disso "tínhamos que reforçar nossa defesa".

Teve muitas perguntas ao respeito de se o jogo será mais fisicamente agressivo.  Flick disse que "será parte do jogo" se assim acontecer, mais lembrou que "nós só temos uma suspensão, se eles se sobrepassarem, os árbitros sancionarão".

A pergunta sobre o ditado "Deus é brasileiro", direcionada a Schweinsteiger, deu vários problemas de tradução, como é fácil imaginar, até parecer uma cena do filme Lost in translation, dado que o jogador interpretou no começo que estavam se referindo ao apelido "Deus do futebol" como é chamado pelos torcedores do seu clube em Munich.

Re-traduções mediante, Bastian comentou que "se os brasileiros dizem assim, tal vez seja verdade", sinalizando que "em Alemanha não utilizamos essa expressão".

Como é habitual entre os jogadores da seleção de Alemanha, Bastian rejeitou em todo momento falar "de individualidades" e enfatizou que "o que conseguimos é fruto do esforço coletivo".  Flick também destacou que "sempre debatemos internamente entre todos sobre como sera a estrutura da equipe".

Diplomático, o técnico esquivou a pergunta sobre a grave falta de Zuniga contra Neymar, afirmando algo bem pouco creível:  "só vi a uma vez, não posso opinar".  Inclusive opinou que "temos fair play, os árbitros são bons".

Já desde o ponto de vista de jogador, Bastian enfatizou que "concordo que as faltas ruins não devem ser permitidas pelos árbitros".

Flick descreveu a lesão de Neymar como "uma grande perda de um jogador a nível mundial, de nível fantástico" e considerou que "isso ira unir mais a equipe brasileira, não jogaremos contra 11 jogadores senão contra 200 milhões de pessoas e devemos estar preparados para isso"-

"Todos estamos tristes porque Neymar nao jogara", comentou Bastian, opinando também que isso fará a equipe verde amarela se unir mais.   No fim, considerou, ganhará "a equipe que tenha treinadores mais inteligentes".




As boas vindas do povo, no primeiro treino, agora  a torcida será para o Brasil.






























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